Recife
A capital brasileira dos naufrágios é um destino turístico completo – para mergulhadores ou não.
Mas quem escolhe o litoral de Recife para mergulhar pode contar com a acolhedora temperatura das águas, com média de 28°C, com grande diversidade de vida marinha e, também, de naufrágios, já que há cerca de duas dezenas deles na região. Mais próximos à capital, por exemplo, estão o Alvarenga, com 20 metros de comprimento, naufragado a 25 metros. Aqui, a pouca profundidade é inversamente proporcional à diversidade de vida marinha, fazendo do naufrágio um dos mais populares entre os mergulhadores.
Outra opção é o Vapor Bahia, naufrágio do século 19, que tem na roda de propulsão um dos destaques para os mergulhadores. A visibilidade é muito boa neste naufrágio, a 25 metros. Para os mais experientes, a região tem opções como o Vapor 48, que tem seu nome associado à profundidade em que está submerso e é um dos mais afastados da costa pernambucana. É o mesmo caso da Corveta Camaquã, a 58 metros de profundidade, afundada em 1945, mas com estrutura quase intacta.
Em Ipojuca, em direção a Porto de Galinhas, um dos mais reconhecidos destinos turísticos de Pernambuco, a praia de Serrambi é outro dos pontos procurados para mergulho. Aqui, os destaques são os naufrágios Gonçalo Coelho e Marte. Este último foi o primeiro naufrágio artificial da região, realizado em 1998 com o objetivo de estimular o turismo de mergulho. Está a 32 metros, quase a mesma profundidade do Gonçalo Coelho, embarcação que foi utilizada na 2ª Guerra Mundial e, posteriormente, fez por muitos anos a rota entre Recife e Fernando de Noronha, abastecendo o arquipélago. Abandonado no Porto de Recife, o navio foi afundado intencionalmente em 1999, constituindo hoje um dos principais pontos de mergulho da região, diante da variedade de vida marinha que abrigam seus 66 metros de comprimento.